quinta-feira, 15 de julho de 2010

Uso de sacolas plásticas no comércio do Rio ficará restrito

Nova regra valerá a partir de sexta-feira

O uso de sacolas plásticas para embalar mercadorias fica restrito no Rio de Janeiro a partir de sexta-feira (16), com a entrada em vigor da Lei nº 5.502 de 2009. Os parlamentares da Assembleia Legislativa do estado tinham aprovado o adiamento para janeiro de 2011, mas o Diário Oficial do estado publicou hoje (13) o veto do governador Sérgio Cabral.

Também na sexta-feira, fiscais da Secretaria do Ambiente vão a supermercados e lojas para garantir a aplicação da lei. O órgão informou, no entanto, que inicialmente eles vão realizar ações educativas e não está prevista a aplicação de multa, que pode chegar a R$ 20 mil.

De acordo com o presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro, Aylton Fornari, o comércio vem se adaptando há algum tempo às novas regras.

“Estamos preparados para cumprir essa lei, os mercados vão dar desconto de 3 centavos em cada cinco itens para quem não quiser levar a sacola. E vão disponibilizar outros tipos de sacolas reforçadas, como de lona e ráfia, que possam ser reutilizadas. Isso já vem acontecendo há algum tempo, mas sexta começa a fiscalização da mudança do sistema”, destacou Fornari.

O comércio popular também terá de observar a lei. O presidente da Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), Ênio Bittencourt, diz que será difícil mudar em tão pouco tempo e reclama da falta de alternativas.

“A gente vai fazer o que for possível, porque o comércio popular utiliza muito esse material. Vai ficar meio apertado o prazo, vamos tentar diminuir, porque não nos apresentaram nenhuma alternativa”, disse Bittencourt, que representa comerciantes do maior centro de comércio popular da cidade.

Rosângela de Souza, que trabalha numa papelaria na Praça Mauá, no centro do Rio, reclamou da falta de informação, apesar de ser a favor da preservação do meio ambiente.

“Tem mais é que mudar mesmo, o que pudermos fazer para melhorar o meio ambiente será ótimo, o planeta agradece. Mas faltou informação, porque no nosso caso acabamos de comprar um estoque para seis meses de sacola plástica. Não sabemos o que vai ser feito ainda”, disse a vendedora.

Em quase um ano da campanha Saco É um Saco, do Ministério do Meio Ambiente em parceria com a Secretaria do Ambiente do estado, foram recolhidos mais de 600 milhões de sacolas plásticas no Rio de Janeiro. A assessoria da Secretaria do Ambiente informou que a campanha vai ser intensificada com o objetivo de esclarecer a população sobre os prejuízos que o plástico causa ao meio ambiente, já que a decomposição do material leva até 500 anos.

Fonte: Agência Brasil

Lojas já reduzem custos com cartão de crédito

Empresas têm conseguido taxas de juros menores, após a unificação do sistema de máquinas leitoras

Pouco mais de uma semana após a unificação do sistema das máquinas leitoras de cartões de crédito e débito, que passaram a receber cartões de qualquer bandeira, os comerciantes já comemoram os primeiros benefícios. Ao escolherem qual máquina de operadora irão devolver, já que cada aparelho é alugado - se Cielo, que recebia Visa, ou se Redecard, usada para Mastercard - eles estão optando por ficar com a empresa que oferece a menor taxa, ou o menor valor de aluguel da máquina.

Assim, a principal mudança esperada pelas entidades representativas do comércio - a prestação do serviço a um preço mais baixo - já está acontecendo de fato para quem negocia. No restaurante Emporium Armazém Mineiro, situado no Bairro Mangabeiras, em Belo Horizonte, o proprietário Roberto Pessoa Ayres conseguiu reduzir a taxa de administração que pagava à operadora de 3,3% para 2,5%.

A mudança se deu justamente na hora de escolher com qual máquina iria ficar. A Cielo, que operava com taxa de 2,5%, ofereceu a ele trabalhar também com a bandeira Mastercard pela mesma taxa, sendo que pagava por esta bandeira, junto a Redecard, 3,3%.

Roberto Ayres não teve dúvida e decidiu então ter somente máquinas Cielo operando em seu restaurante. Só não fez a mudança completa - das três máquinas, ele ainda tem uma que é da Redecard - porque só esta operadora recebe os tíquetes restaurantes com os quais trabalha, o que ele acredita também mudará em breve. Antes da alteração, entretanto, o empresário tentou negociar com a Redecard, pedindo uma contraproposta melhor, mas não conseguiu.

"Mas esta semana uma boa coincidência aconteceu. Uma executiva da Redecard veio almoçar em meu restaurante e, ao receber na mesa a conta numa máquina Cielo, queixou-se de não ser atendida pela máquina da empresa dela. Aí, ao saber da história da minha tentativa de negociação, prometeu entrar em contato comigo nos próximos dias para oferecer uma proposta melhor", conta.

Roberto Ayres paga de aluguel, por cada máquina, R$ 135, tanto as móveis quanto fixas. Mas o que pesa mesmo em seu bolso é o custo mensal gerado pela taxa de administração - R$ 7 mil, já que 70% das contas dos clientes são pagas, segundo ele, com o "dinheiro de plástico". Com a redução da taxa de 3,3% para 2,5%, ele calcula economizar, somando-se a redução do número de maquinas alugadas (ele devolveu duas máquinas), cerca de R$ 550 por mês, ou R$ 6.600 por ano.

Mercado aposta em equipamentos com isenção do aluguel

A atitude de Roberto Ayres é justamente a recomendada por duas das entidades que representam o comércio em Belo Horizonte - Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e Sindicato dos Lojistas do Comércio de Belo Horizonte (Sindilojas/BH). A orientação é negociar, e até possíveis prejuízos causados por pane do sistema - o que ocorreu no final do ano passado, por exemplo, quando uma das operadoras de cartões ficou fora do ar por várias horas em pleno período de compras de Natal - podem ser previstos em contrato. "Observe bem as letras miúdas do contrato e não fidelize por enquanto com nenhuma operadora. Há a expectativa da entrada de novas empresas desse setor no mercado, como a GetNet, do Santander, que devem oferecer isenção do aluguel de máquinas por exemplo e até taxas melhores", orienta os comerciantes o vice-presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Se a unificação é benéfica para os pequenos comerciantes, já que o aluguel das máquinas pesa no orçamento mensal, fazendo com que alguns até desistam de oferecer aos clientes o pagamento com cartões, ficando restritos somente a cheques e dinheiro, para os grandes empresários a unificação do sistema das máquinas leitoras também está fazendo muita diferença. Marcelo Silva cita o exemplo de um dos lojistas associados à CDL que vende R$ 1 milhão por mês em cartão de crédito/débito. "Uma redução na taxa de administração que ele paga, de apenas 1%, representaria uma economia mensal de R$ 10 mil, e anual de R$ 120 mil", calcula.

Para o presidente do Sindilojas, Nadim Donato, a mudança, por enquanto, está sendo feita somente pela busca de custos menores, já que a diferença tecnológica das máquinas, segundo ele, é pequena. "Somente no Natal, quando o volume de vendas é muito grande, é que sentiremos de fato o peso dessa mudança. Por enquanto, mais de 90% dos lojistas ainda estão avaliando e negociando com as empresas, para decidir com qual delas irá continuar", afirma.

Donato prevê que 50% das máquinas sejam devolvidas, e que as empresas acabarão oferecendo-as de volta gratuitamente aos lojistas. Por enquanto, Donato considera a proposta feita por elas, de redução de 50% do aluguel das máquinas leitoras, ainda insuficiente para conquistar os comerciantes. "A proposta que esperamos é de, no mínimo, não pagar o aluguel das máquinas", diz.

Donato e Marcelo Silva acreditam que a redução dos custos para os lojistas poderá ser repassada aos consumidores na forma de preços mais baixos. Mas, por enquanto, em período de adaptação ao novo sistema, outra preocupação é com o bom funcionamento das operações.

No restaurante Emporium, por exemplo, em uma semana usando apenas máquinas Cielo, somente um cartão de cliente com a bandeira Mastercard não passou. Roberto Ayres informa que, para atender a esse cliente, seus funcionários recorreram à máquina da Redecard que ele ainda tem. Entretanto, acredita que não haverá mais ocorrências como essa com o passar do tempo, em que o sistema certamente será aperfeiçoado.

Taxista deve ampliar uso

Uma categoria que também poderá ser beneficia da com a unificação das máquinas leitoras são os taxistas. Dos 6.028 profissionais que trabalham hoje em Belo Horizonte, 2 mil são associados a cooperativas. Destes, a maioria já trabalha com pelo menos uma máquina leitora de cartões, informa o diretor-tesoureiro do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais (Sincavir), Ricardo Faedda.

Faedda explica que os cooperados são beneficiados pelo poder de negociação das cooperativas, e aí conseguem alugar as máquinas por valores menores. "Mas com a unificação do sistema e a possibilidade de aceitar todos os cartões, acredito que o número de taxistas que vão optar por essa forma de pagamento irá aumentar", comenta. Para Faedda, o recebimento das corridas por meio de cartões de crédito representará uma segurança a mais para o taxista, pois diminuirá a quantidade de dinheiro dentro do veículo.

Operadoras apontam crescimento

Tanto a Cielo quanto a Redecard divulgaram números que indicam o aumento de suas operações por causa da unificação das máquinas leitoras.

A Redecard, por meio de sua assessoria de imprensa, divulgou nota informando que "após uma semana do início de aceitação do Visa, a Redecard já registrou 2,35 milhões de transações com os cartões dessa bandeira para compras no crédito e débito. Com a chegada da Visa, a Redecard passou a contar com 18 bandeiras em seu portfólio."

Já a Cielo informou, também por meio de sua assessoria, que, no mesmo período, capturou um total de 2,21 milhões de transações da bandeira Mastercard. "Este número indica que atingimos 120% do nosso fair share, ou seja, considerando a divisão atual de participação de mercado das duas principais bandeiras no Brasil, sendo que a Mastercard representa 40%, superamos esta proporção em 20%. Temos verificado um crescimento diário de transações, sendo que no primeiro dia realizamos 205 mil transações, para totalizar os 2,21 milhões na semana, como já mencionado."

Lojistas devem contatar operadoras de cartões

Todos os lojistas devem entrar em contato com as administradoras de cartões de crédito e débito para solicitarem informações sobre novos contratos, onde apenas uma maquineta fará transações com todas as administradoras.

O prazo da exclusividade das bandeiras que operavam os cartões no Brasil terminou em 30 de junho, sendo assim, a partir do dia 1º de julho a contratação é livre para os lojistas, que deverão solicitar propostas das administradoras para verificarem qual lhe garantirá mais vantagens.

"É importante que os lojistas leiam com atenção as cláusulas dos contratos e verifiquem se há alguma que faça referência a fidelidade. Estamos orientando que os lojistas não trabalhem com fidelização", alerta o diretor de serviços e produtos da Câmara de Dirigentes Lojistas de Rondonópolis (CDL), Maurício Pugas.

Ele lembra que a chamada "Lei Áurea" de libertação dos lojistas com as administradoras de cartões é uma vitória da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), que questionou na justiça a organização do mercado brasileiro pelo modelo de monoadquirência, onde para ter o serviço, o lojista precisava ter a maquineta da administradora. Agora, com um mesmo equipamento, o lojista pode realizar negócios com quantas bandeiras de cartões necessitar.

"Este foi um grande avanço porque todos os lojistas poderão reduzir custos com o aluguel das maquinetas e, além disso, abre a concorrência entre as bandeiras que também deverão começar a cobrar taxas menores de administração", argumentou a presidente da CDL de Rondonópolis, Eliane Queiroga.

Segundo consultores da CNDL, depois desta vitória, a instituição irá lutar pela criação de regras claras para a indústria de cartões pelo Banco Central e também pela redução nos prazos para o recebimento das vendas feitas a crédito, com cartões.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Convite Especial - Seminário Copa 2014


MP apura conduta de bancos

A Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público do DF e Territórios investiga uma suposta lista suja elaborada pelas instituições financeiras contra clientes que vão ao Judiciário e, por isso, passam a ter crédito negado

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai investigar a existência de uma suposta lista suja que circularia entre bancos e financeiras, com nomes de clientes que já ajuizaram ações contra essas instituições. A Promotoria de Defesa do Consumidor (Prodecon) encaminhou à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) um pedido de informações sobre o caso, e instaurou um processo de investigação preliminar.
De acordo com o promotor da Prodecon Leonardo Bessa, o MPDFT tomou a decisão de interpelar a Febraban e abrir o procedimento de apuração após tomar conhecimento de que a prática de negar crédito a clientes que impetraram ações judiciais pedindo revisão de juros é comum entre as instituições financeiras. Segundo Bessa, o MP não recebeu nenhuma denúncia por parte de consumidores prejudicados. Ele destaca, entretanto, que o órgão não necessita de provocação específica para agir e que a própria natureza da situação dificulta que se recorra ao poder público.
O Ministério Público atua na defesa de direitos difusos coletivos. Além disso, esse é um caso em que o consumidor pode ser lesado sem se dar conta de que isso aconteceu. Ele tem o crédito negado e a financeira não vai dizer para ele que é porque ele moveu ação na Justiça. Vai dar uma outra desculpa qualquer. A ausência de reclamações não significa que o problema não exista e que ele não seja grande. É justamente a veracidade dos fatos que queremos confirmar, afirmou.
O promotor explica que uma das maneiras de trazer as irregularidades à tona é com a colaboração da Febraban, que representa as instituições financeiras. Caso não haja cooperação por parte da entidade, instâncias de proteção dos direitos de consumo, como as unidades em todo o país do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) e o Ministério da Justiça, podem ser acionadas a fim de localizarem pessoas prejudicadas pela prática.
A Febraban tem dois caminhos: Um é negar que existe o cadastro, e então nós tentaremos provar por outros meios. O outro é defendê-lo e procurar justificá-lo legalmente, o que é difícil, ponderou Bessa. Segundo ele, a conduta é discriminatória e fere o princípio constitucional da igualdade, além de ser abusiva segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC). Temos que nos lembrar que, no caso de a prática existir, não estamos falando de um cadastro legítimo como o do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), acrescentou o promotor.
De acordo com ele, se comprovada irregularidade na conduta de bancos e financeiras, eles serão primeiramente chamados a uma negociação para cessar a prática. Caso não haja um entendimento, o MPDFT recorrerá à Justiça. Também vamos provocar os Procons para que apliquem multas, garantiu.
O pedido de explicações à Federação dos Bancos foi enviado na última semana. A partir do recebimento da solicitação de informações, a entidade tem dez dias para se manifestar. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Febraban. Por meio de nota, a instituição afirmou que não recebeu nenhuma notificação do MPDFT e que desconhece a existência de qualquer cadastro discriminatório de clientes.

Prova material

Para o advogado José Geraldo Tardin, especialista em direito do consumo e presidente do Instituto de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), a prática discriminatória que o MPDFT pretende investigar não é desconhecida. Segundo ele, o Ibedec recebe reclamações periódicas de consumidores, que acabam não resultando em ações judiciais pela dificuldade de obter provas materiais contra as instituições financeiras.
Este ano foram pelo menos algumas dezenas de relatos. Quem moveu ação pedindo novos cálculos de juros simplesmente não consegue voltar a financiar um carro, por exemplo. Eles só obtêm crédito recorrendo a pequenas financeiras, dessas que liberam dinheiro fácil a juros altos, afirma o advogado. Tardin diz ainda que clientes procuram a entidade para se queixar não apenas de bancos. Até seguradoras dificultam as condições e se negam a parcelar o pagamento da apólice, conta.
A orientação do Ibedec para quem acredita estar sendo vítima de prática discriminatória é notificar, via cartório, o banco ou financeira, solicitando explicações formais para a recusa da concessão de crédito.

Previsão legal conhecida como Código de Defesa do Consumidor, a Lei nº 8.087/90 proíbe ação discriminatória contra clientes. Seu artigo 39 diz que é vedado ao fornecedor de produtos e serviços recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes`. A mesma legislação diz que é obrigatório o fornecimento de declaração dos motivos que obrigaram um estabelecimento a negar crédito, em seu artigo 72.

Quanto custa um cliente?

Geralmente, muitas lojas tratam seus clientes como se dependessem totalmente deles, o que realmente é certo. No entanto, mesmo dando toda atenção, é fácil perceber que existe a falta de algo, de alguma coisa que realmente mostre o valor que a loja dar ao cliente.

Um cliente vale mais que uma venda, portanto, o foco deve estar no cliente e não no negócio. Um cliente pode ser tratado como um rei na hora da compra e quando precisar usar o serviço de atendimento ao cliente virou um plebeu. O produto é apenas um pretexto para adquirir aquilo que eles mais necessitam: benefícios e soluções.

A perda de um cliente, apenas um cliente, é pequena para quem tem pouca visão comercial. Pesquisas revelam que conquistar um cliente custa cinco vezes mais caro do que mantê-lo. As estatísticas e a Psicologia das Vendas comprovam que clientes insatisfeitos influenciam quase quatro vezes mais dos que os satisfeitos. Observe os dados de causa de perca de clientes:

- 1% faleceram;
- 3% mudaram de endereço;
- 5% sofrem influência;
- 9% foram atraídos por concorrentes;
- 14% o produto é ruim;
- 68% o atendimento é ruim.

Em vendas é assim, algumas técnicas são as mesmas, quer seja para vender um parafuso ou para vender um caminhão. Quando se fala em excelência no atendimento alguns princípios são os mesmos. Seja um empreendimento grande ou pequeno, é importante medir a satisfação do atendimento e pedir sugestões. Ouvindo o cliente, eles terão dois benefícios: produtos e serviços específicos e um sócio cliente.

Fidelizar clientes é de suma importância, pois um bom produto, simpatia e talento não mantém um cliente fiel, o mercado é altamente competitivo e quando uma loja deixa de oferecer algo outra, com certeza, irá oferecer. Por isso, dar a devida atenção aos fornecedores, investir na vitrina da loja, em publicidade e consultoria, em qualificação pessoal, colocando em prioridade a Gestão de relacionamento com o Cliente e um atendimento exclusivo, totalmente personalizado e cheio de surpresas agradáveis valem a pena.

Dedicar tempo, estratégia e até dinheiro para fazer o cliente parte da história da empresa também não deixa de contar pontos a favor da empresa. Obter informações sobre eles para fazer um cadastro e felicitá-los em ocasiões especiais também agradam.

Portanto, observa-se daí o valor de um cliente. Não basta um atendimento eficaz, tem que verificar o sistema de Serviço de Atendimento ao Cliente, se o mesmo está oferecendo o que realmente é preciso para satisfação do consumidor; Treinamentos de funcionários também são importantes, entidades como a Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus), através da Universidade de Tecnologia do Varejo (UTV), sempre oferecem cursos de capacitação profissional. Não esquecendo que o valor de um cliente é tudo, pois eles devem ser mais importantes para o lojista do que o lojista para eles.

Coluna: A voz do lojista

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A dura barganha do varejo com as redes de cartões

Uma semana após fim da exclusividade, lojistas pechincham taxas, mas só levam desconto no aluguel das máquinas

Com o fim da exclusividade nas redes que operam cartões de crédito, agora são os lojistas que dão as cartas nas negociações de aluguel das máquinas de cartão de crédito. Os descontos fornecidos por credenciadoras como Cielo e Redecard chegam a até 30%, e em alguns casos os varejistas estão conseguindo inclusive isenção total da mensalidade.
Mas o cenário é bem diferente quando o assunto é taxa de desconto (percentual pago sobre o valor de cada venda), justamente de onde sai o maior desembolso do lojista. Nesse ponto, as empresas não estão muito dispostas a negociar, segundo relato de comerciantes.
Um deles é Marcos Toledo, proprietário de 12 lavanderias da marca 5 à Sec, que espera concluir a negociação com as credenciadoras até o mês que vem. Por enquanto, o empresário conseguiu desconto de 30% na mensalidade da máquina de uma das empresas. "Eles estão baixando o preço, mas quero isenção total", diz. Atualmente, ele paga uma média de R$ 100 para cada máquina.
Com dois terminais por loja, o custo da rede fica em torno de R$ 2,4 mil mensais. A taxa de desconto cobrada nas lojas varia de 2,7% a 3%. "Nesse ponto, as credenciadoras estão irredutíveis", ressalta Toledo.
De acordo com Álvaro Musa, presidente da consultoria financeira Partner Consult, a taxa de desconto cobrada no crédito não deve cair para menos que 1,8%. Isto porque a taxa de desconto é a remuneração do credenciador, da bandeira (Visa, Mastercard, American Express e outras) e do emissor do cartão (bancos ou varejo). "O 1,8% é o percentual fixo que o credenciador tem que pagar para a bandeira e para o emissor, sobre isso ele ainda tem que colocar os seus custos operacionais e a margem de lucro", explica o especialista.

Foi no dia 1º de julho que o comércio ganhou sua liberdade
A dura barganha do varejo com as redes de cartões

Uma semana após fim da exclusividade, lojistas pechincham taxas, mas só levam desconto no aluguel das máquinas de cartões de crédito. A partir de agora, o lojista pode utilizar um único terminal de pagamento para processar cartões de débito e crédito de todas as bandeiras. Antes, uma máquina da Cielo só aceitava a bandeira Visa. E para permitir pagamentos com Mastercard, por exemplo, o lojista precisava de um terminal da Redecard. A nova medida traz opção de escolha para as lojas que, em média, tinham que contar com três diferentes máquinas de cartão e pagar aluguel por todas elas.
Nas lojas Beluga e Pink & Co., as negociações com as credenciadoras também caminham para a isenção dos aluguéis.
"Provavelmente não pagaremos mensalidade, mas o aluguel pesa pouco no nosso orçamento. O que conta mais é a taxa de desconto", diz Marcelo Salomão, proprietário das duas marcas que, juntas, somam 23 lojas. "Mesmo assim, o desconto no aluguel é melhor do que nada", completa o empresário.
As taxas de desconto cobradas pelo credenciador variam de acordo com o volume de transações do estabelecimento. Hoje a taxa média cobrada do lojista é de 3,5% por transação de crédito.
No caso da rede Beluga, considerando débito e crédito, ela varia de 1,5% a 3,5%.

Desconhecimento

Apesar do desconto no valor dos aluguéis, ainda tem lojista que não sabe o que fazer. "Isso tudo é muito novo. Estou esperando as credenciadoras entrarem em contato", diz Fábio Shoel, dono da Guelt, atacadista de vestuário feminino.
Há também quem não tenha interesse na mudança. "A Cielo entrou em contato conosco, mas preferimos continuar com as duas máquinas. Se o terminal que aceita Visa der problema, pelo menos teremos o da Mastercard funcionando", diz a gerente de uma loja de moda feminina do Shopping Ibirapuera, na capital paulista. Já Salomão, da Beluga, não se preocupa. "Se o aluguel não for cobrado, posso ter duas máquinas em cada loja", diz.
Segundo projeção da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), com a nova medida o varejo economizará R$ 1,2 bilhão em aluguel de máquinas. Hoje, dependendo do tipo do equipamento, o aluguel de cada terminal pode custar entre R$ 80 e R$ 140.

Cintia Esteves com Thais Folego

Bancos apostam em contas para cartões

Instituições oferecem vantagens para que lojista centralize fluxo de recebíveis de crédito e débito

No novo cenário do mercado de cartões, não só credenciadoras de lojistas que aceitam cartões mas também bancos acirram a disputa por empresas de pequeno e médio portes. Se, no caso de credenciadoras como Cielo e Redecard, o objetivo, com o fim da exclusividade, é que o estabelecimento comercial centralize as transações em uma única máquina (POS), a meta dos bancos é fazer com que o lojista concentre o depósito do dinheiro das vendas feitas com plásticos em uma única conta corrente.
O movimento foi desencadeado por uma ofensiva do Santander, em março, que fez com que os demais se mexessem para defender suas bases de clientes. Para atrair o fluxo de recursos gerados pelas transações com todas as bandeiras do mercado, das internacionais Visa e Mastercard a marcas regionais, os grandes bancos de varejo apostam na oferta de pacotes que tanto auxiliam a gestão de caixa de varejistas como envolvem concessões de crédito, além de redução de preços de serviços bancários.
O Bradesco lançou na semana passada a conta multicartão. Ela vai permitir ao lojista alavancar a concessão de empréstimos num volume equivalente a até cinco vezes o seu faturamento mensal. A operação é feita com base em estimativas de vendas do varejista, calculada pela média da receita com cartões apresentada nos últimos seis meses. Para os cartões de crédito, é possível alavancar a chamada antecipação de recebíveis em até cinco vezes e, para cartões de débito, em uma vez.
O adiantamento de crédito era uma prática do banco que, agora, vira produto, diz Márcio Parizotto, superintendente executivo de produtos da Bradesco Cartões. Em outras palavras, o limite de alavancagem de até cinco vezes o faturamento permitido pela conta multicartão passa a valer como regra, pois está pré-aprovado. Antes, sua disponibilização dependia do relacionamento do cliente com o banco. O pequeno lojista precisa de crédito e sem burocracia. Os custos tendem a ser inferiores à média praticada nas linhas de capital de giro, diz Marcelo Noronha, diretor da Bradesco Cartões.
Como o Bradesco detém os direitos dos cartões American Express no Brasil, Parizotto lembra que a alavancagem de operações de antecipação de recebíveis referentes a transações feitas com Amex só poderá ser realizada pelo banco. O Bradesco costurou ainda um acordo comercial com a Cielo, da qual é acionista controlador, que traz vantagem para os dois lados. Transações acima de R$ 2,5 mil por mês em máquinas da Cielo vão isentar o varejista de tarifa de manutenção de conta corrente. Há ainda a possibilidade de reembolso do aluguel cobrado pelo uso das máquinas da Cielo, mas essa é uma regalia que vai depender de negociação do lojista com o banco. A briga por preço não é nossa opção, pondera Parizotto. Mas vamos ser competitivos, avisa.
Os bancos preferem falar em adição de valor para o cliente em vez vantagens econômicas. Mais do que emprestar, estamos vendendo um serviço, afirma Carlos Eduardo Maccariello, superintendente de estratégia e vendas para pessoas jurídicas do Itaú Unibanco, a respeito do portal de domiciliação, lançado também na semana passada. Maccariello se diz entusiasmado com o potencial do produto. Antes mesmo de o banco fazer sua divulgação publicitária, prevista para começar nesta semana, foram contabilizados 15 mil acessos ao portal. A ferramenta online permite ao empresário monitorar o fluxo de vendas e de crédito. Mas o cliente pode também contratar operações de antecipação de recebíveis. A solução não estabelece um limite prévio de alavancagem. Os valores são negociados caso a caso.
O primeiro a lançar moda foi Santander. Em março, quando a instituição de capital espanhol fechou parceria com a empresa de captura e processamento de transações com cartões GetNet, aproveitou a ocasião para lançar sua conta integrada. Desde 2007, a pessoa jurídica pode escolher o banco em que pretende concentrar o depósito do dinheiro das vendas feitas com plásticos, independentemente da credenciadora com a qual opera. O grande diferencial estava nas vantagens atreladas ao serviço de credenciamento de lojistas, combinadas a uma agressiva política de crédito. O produto do Santander oferece redução de até 100% no pacote de tarifas da conta se a empresa registrar o volume mínimo de R$ 3 mil em transações por mês. A antecipação de recebíveis pode chegar a oito vezes o faturamento do lojista.


Fonte: Valor Econômico

MENSAGEM

Funcionário Pré-Pago!

Bem, você, como milhões de brasileiros conhece muito bem a expressão “pré-pago”. claro, lembra o celular.
Pois é, lembra também uma categoria de funcionários que sempre dizem: "Após as 18 horas eu não trabalho nem um minuto a mais, eu trabalho “dentro da lei”. Essa empresa suga o nosso sangue”.
Quando eu trabalhava no extinto Banco Comercial do Paraná, iniciando minha vida profissional, era chamado de “burro” porque tinha que ficar após o expediente. Eu era correntista e ficava junto com o caixa e o contador para fechar a contabilidade.
Tinha que ir para o sacrifício e prejudicava inclusive meu curso que estava iniciando na faculdade.
A maioria absoluta, quase 100% dos funcionários ia embora às 18 horas.
Muitas vezes fiquei perturbado e confuso... Eu me perguntava: Por que eu? E muitas vezes quem era promovido era o “passeador de agência”, aquele tomador de cafezinho que se dava bem com todo mundo, mas não trabalhava na verdade.
Não me arrependo de nada que passei... Foi uma escola, uma grande escola.
Fui aprendendo que se você quer mais da vida, então tem que dar mais a ela. Para ter mais é preciso dar mais. É a idéia do bumerangue: A vida vai lhe dar o que você der a ela.
Muitos daqueles que se julgavam “espertos” hoje estão em duas situações:
1. Ganham muito mal; ou,
2. Estão reforçando as fileiras dos desempregados.
Pensar não custa nada, é barato. O saber não ocupa espaços. Conhecimento destrói incertezas. A cultura do “esperto” já está enterrada faz tempo.
Lamentavelmente, no Brasil, quem trabalha muito é mal visto pelos próprios colegas e até por familiares... Mas ainda estou com Einstein que disse: “O único lugar que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”.
Prepare-se para a pressão. Se amanhã você chegar mais cedo para trabalhar, dirão que você é um puxa-saco. O sucesso tem seu preço. Vá em frente!
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

Gilclér Regina