sábado, 6 de novembro de 2010

Comércio varejista diz não aceitar retorno da CPMF

O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro, que reperesenta o comércio varejista, disse nesta quinta-feira (4) que considera a reedição da CPMF uma expansão da carga tributária - que é o valor de todos os impostos pagos pelos cidadãos e empresas na proporção das riquezas produzidas no país.
Os varejistas não aceitarão o retorno da CPMF. Os governos devem repensar sobre esse tributo. Vamos mobilizar nacionalmente o movimento lojista contra a volta da CPMF, afirmou Pellizzaro.
A presidente eleita da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quarta-feira (3) que não vai enviar ao Congresso um projeto para reeditar a CPMF. Entretanto, acrescentou que vai negociar o assunto com os governadores. Alguns deles defenderam, nesta quinta-feira, o retorno do tributo.

Carga tributária

No ano passado, por conta da crise financeira internacional, a carga tributária brasileira recuou para 33,5% do Produto Interno Bruto (PIB) na primeira queda desde 2006. Em 2010, entretanto, especialistas avaliam que a carga tributária deve voltar a registrar aumento, em linha com o crescimento do PIB.
Isso porque a arrecadação de impostos federais, por exemplo, bate recordes sucessivos há um ano. Em 2010, até setembro, a arrecadação somou R$ 573,6 bilhões de acordo com a Receita Federal, o que representa um crescimento real de 13,12% sobre igual período do ano passado. Com isso, a arrecadação também bateu recorde histórico para este período.
Ao mesmo tempo, o crescimento estimado para o PIB neste ano está entre 7% e 8%. Com isso, a arrecadação somente do governo está crescendo bem acima da expansão do PIB. Dados da Receita mostram ainda que a arrecadação já cresceu R$ 90 bilhões neste ano, ou seja, R$ 10 bihões por mês - sem a CPMF.
De acordo com a Receita Federal, carga tributária brasileira, que ficou em cerca de 34% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008, está acima de países como México (20%), Turquia (24%), Estados Unidos (27%), Suiça (29%), Argentina (29,3%), e Canadá (32%).

Fonte: Portal G1

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