domingo, 10 de outubro de 2010

Financiamento da casa: veja o melhor

Condições gerais: como são

Uma das modalidades de financiamento é bem mais vantajosa. Descubra qual.

Você deve conhecer e estar preparado para as condições que são geralmente impostas pelo mercado de financiamento de imóveis. Conheça os principais procedimentos e regras adotadas pelas instituições bancárias na compra de sua casa:

Idade – É só ter mais de 18 anos para poder financiar. O prazo máximo para quitar o financiamento pode ser restringido pela idade. Ao término do financiamento, você não pode ter mais do que 75 anos.
Restrições – Como as instituições bancárias querem revender rápido o bem no caso de inadimplência, elas podem limitar o financiamento dos seguintes imóveis:

- Em áreas não urbanizadas,
- Casas de madeira ou pré-fabricadas,
- Casas de veraneio,
- Chácaras,
- Sítios e imóveis de lazer em geral,
- Imóveis sob qualquer gravame.

Garantia – Todas as instituições trabalham com alienação fiduciária.
Valor – Financiam até 80% do valor e o Banrisul financia até 90%. Só encontramos financiamento de 100% no programa Minha Casa, Minha Vida, da Caixa.
Modalidades – A parcela atualizada é a mais comum: o saldo devedor e as parcelas vão sendo reajustadas pela TR (Taxa Referencial). Existem no mercado linhas com parcelas fixas, que não sofrem reajustes. Cinco bancos trabalham com elas:
- Real,
- Santander,
- Nossa Caixa,
- Banco do Brasil,
- Bradesco.
A Tabela Price é usada nesses contratos. Em maio de 2010, para parcelas fixas, encontramos taxas de 12,13% a 12,25% no SFH e 13% na CH. Com a TR do daquele mês projetada para todo o período de financiamento, a parcela fixa não se mostrou boa opção.
Opte pelas taxas variáveis, usando o sistema SAC, pois a parcela é decrescente e, no final do financiamento, o valor total pago atualizado é menor do que no sistema de parcelas fixas.
Despesas iniciais e mensais – No início, você terá despesas relativas à análise jurídica e avaliação do imóvel. A primeira checa documentos e certidões do imóvel e do vendedor. Ela detecta a existência de débitos fiscais que possam comprometer a propriedade do imóvel.
A avaliação do imóvel verifica a localização em área urbana, as condições de saneamento e habitabilidade, a existência de vícios de construção aparentes e o valor de mercado.
No total, você pode gastar de R$ 750 a R$ 950. A maioria financia esse custo, mas pague à vista para não ter juros. Ainda há a tarifa mensal, que está limitada a R$ 25 mensais (no âmbito do SFH), que só não é cobrado por HSBC, Banco do Brasil e Nossa Caixa.

Financiamento da casa: está preparado?

O financiamento de uma casa é uma dívida de longuíssimo prazo. Saiba se você tem como pagá-lo.


Comprar uma casa própria significa um endividamento que pode chegar a 30 anos. Antes de fazer a aquisição, portanto, você deve pensar se consegue arcar com uma despesa tão pesada por tanto tempo. Para ajudar nessa reflexão, responda a cinco perguntas básicas:

1Qual o perfil de imóvel que você quer? Determine a faixa de preço.
2Quanto você pode dar de entrada? Para isso, considere as suas economias e quanto tem de saldo do FGTS.
3Qual é a sua renda familiar? Verifique se você vai contar apenas com a sua renda ou se vai juntar com a de outra pessoa. Na maioria dos casos, a composição da renda não está restrita ao cônjuge.
4Do total da renda familiar, quanto você pode destinar ao pagamento do financiamento? O comprometimento máximo com a prestação mensal deve ser de até 30% do valor da renda, pois é o máximo que as instituições permitem. Leve em conta se tem algum outro financiamento já contratado, como o de um carro.
5Qual o prazo ideal para o seu financiamento? Esse item costuma se adequar aos outros critérios.
Se a sua renda não for compatível com o valor do imóvel pretendido, mesmo considerando o prazo máximo possível, você terá que juntar renda com alguém, escolher um imóvel de menor valor ou dar uma entrada maior, o que muitas vezes se traduz em adiar o sonho da casa própria.
Antes de entrar em um financiamento, saiba que terá uma dívida de longuíssimo prazo e que a sua renda líquida será bem menor em função das altas parcelas que terá que pagar. Na prática, tudo vai exigir de você e da sua família muita disciplina.

Quais são as opções de aquisição

Existem três alternativas para a compra da sua casa. Conheça qual se adequa melhor a você

Existem três tipos de modalidade para você adquirir um imóvel. Elas se diferenciam basicamente conforme o valor da propriedade. Veja o perfil de cada uma:

Financiamento Sistema Financeiro da Habitação (SFH) – Usa recursos da poupança e do FGTS. Os bancos são obrigados a ofertar se limitando a regras já estipuladas, como juros máximos de 12% ao ano + TR. Só está disponível para imóveis de até R$ 500 mil.
Carteira Hipotecária (CH) – É sempre destinada para imóveis acima de R$ 500 mil. Não tem limitação da taxa de juros.
Além dessas modalidades, existia até recentemente o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). Nele, os bancos têm plena liberdade de estipular prazos, juros e qualquer parâmetro, pois usam recursos próprios. Esse sistema não conseguiu vingar e não é mais encontrado no mercado.

Outras opções

Compra na planta – é geralmente a forma mais acessível quando a pessoa não tem o valor da entrada de um imóvel pronto e pode esperar alguns anos para morar nele.
Consórcio – este modelo é mais conhecido para automóveis. Nele, as pessoas se reúnem em grupos, pagando cotas mensais e realizando assembleias, quando pelo menos um cotista é sorteado. Existe ainda a possibilidade de aquisição por meio de um lance: quem fizer a maior oferta é contemplado. Apesar do consórcio não ser exatamente um financiamento, visto que envolve o sorteio, há quem use esta opção.

Mais informações veja aqui.
Fonte: Associação Pro Teste de Defessa do Consumidor

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