quarta-feira, 16 de junho de 2010

Redecard diz que está preparada para a Visa

COM O FIM DA EXCLUSIVIDADE DA VISA COM CIELO, EMPRESA, QUE TEM 1 MILHÃO DE MAQUININHAS NO MERCADO, QUER DAR SALTO

O contrato de exclusividade da Visa com a Cielo só termina em 1º de julho. Mas, pelo menos na sala de reuniões da Redecard, a bandeirinha já ocupa posição de destaque, ao lado de MasterCard e Hipercard.
As miniaturas são os únicos enfeites sobre a mesa do escritório.
Um sinal de que a Redecard está pronta para abocanhar o mercado?
Leia trechos da entrevista exclusiva de Roberto Medeiros, há dois anos presidente da credenciadora de cartões, à Folha.

A chegada da Visa

A Visa vai ser a nossa 18ª bandeira e estamos com 100% das maquininhas já preparadas para receber os cartões.
Temos cerca de 1 milhão de máquinas no mercado.
Além disso, há clientes, como supermercados, que fazem pagamentos, via Redecard, usando equipamentos próprios, e pequenos comerciantes que utilizam o telefone celular com o nosso programa carregado. Estão todos aptos.
Entre os clientes que devem nos procurar para o cartão Visa, estão os querem gastar menos usando uma única máquina.
Também existem aqueles que estão em busca de novas tecnologias para atrair mais consumidores. E ainda os que vão precisar de capital de giro, para reformas de lojas ou aberturas de novos pontos, por exemplo.
Nós fazemos o pré-pagamento dos lojistas, antecipando o valor total das vendas que são feitas parceladas.

Atualização da rede

Temos atualizado os nossos equipamentos e programas há mais de um ano. Em 2009, investimos R$ 133,7 milhões.
Reciclamos 232 mil maquininhas porque elas não teriam capacidade para fazer transações com vários cartões.
Além disso, em nossos centros de processamento, estamos trabalhando abaixo de um terço da capacidade.
Só no primeiro trimestre de 2010, foram investidos R$ 38,3 milhões. Com o aprimoramento tecnológico, acrescentamos, de janeiro a maio, 165 mil clientes.

Transporte e baixos gastos

Está circulando em caráter experimental, no Rio de Janeiro, um cartão, emitido pelo Citi, para pagamento das viagens no bondinho do Pão de Açúcar e pequenas despesas, de até R$ 50, em lojas das imediações.
Há propostas para que o uso seja estendido ao transporte coletivo. Seria parecido com o cartão Oyster, de Londres.
A transação é feita por aproximação: basta colocar o cartão perto da leitora e não precisa digitar senha.
No caso do cartão daqui, a fatura vai direto para a casa do usuário no fim do mês.
Os segmentos de transporte e de compras de baixo valor nos interessam muito. Cada vez menos gente sai carregando talão de cheques.

Tecnologia em celulares

Já estamos com toda a tecnologia pronta para que suba o número de clientes utilizando celular para processar pagamentos.
É claro que a abrangência do 3G é um fator que pode limitar, mas, na maioria dos casos, é apenas uma questão cultural mesmo.
O volume financeiro movimentado nesse segmento foi mais de sete vezes maior no primeiro trimestre de 2010 que no mesmo período de 2009. E o número de transações aumentou mais de três vezes e meia.

Nova classe média

Já nos propusemos a capturar a bandeira Elo (fruto da parceria entre Bradesco e Banco do Brasil) assim que ela esteja disponível.
Desde maio deste ano, já aceitamos o Hipercard, voltado à nova classe média. A migração dos lojistas deve estar concluída no primeiro semestre de 2011.
A migração dos cartões de crédito da Sorocred, também anunciada neste ano, está em andamento.

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