sexta-feira, 25 de junho de 2010

Projeto arquitetônico deve ser confortável e estimulante

Projeto arquitetônico e de layout deve ser confortável e estimulante, pois a maioria dos clientes toma a decisăo da compra na loja

Pesquisas comprovam: é na loja que a maioria dos clientes toma a decisão da compra. E quanto mais confortável e estimulante for o ponto-de-venda, mais fácil será conduzir o cliente para o caixa. Por isso é tão importante investir em projetos arquitetônico e de layout capazes de produzir um ambiente que facilite a compra. Redes como C&C – Casa & Construção, Livraria da Vila, Casas Santa Luzia e O Boticário são exemplos de varejistas que investem no ambiente da loja para conquistar e fidelizar clientes.
"Procuramos desenvolver um ambiente que reflita nossa filosofia de ser um ponto de encontro e um polo cultural", resume Samuel Seibel, proprietário da Livraria da Vila, rede com quatro unidades físicas, todas na capital paulista. As lojas apostam na sensação de acolhimento, criada por uma exposição de livros que permite ao cliente achar facilmente o que procura ou se perder entre prateleiras que abrigam de lançamentos a clássicos. Para que o atendimento esteja em sintonia com o ambiente, Seibel investe na contratação de vendedores apaixonados por livros, música e filmes.
A Livraria da Vila localizada no Shopping Cidade Jardim traduz bem a proposta de Seibel. Logo na fachada, estantes de livros giratórias dão as boas-vindas servindo de portas de entrada. No interior, espaços confortáveis convidam à leitura e um auditório apresenta eventos literários e musicais. "Acho que uma loja terá mais espaço para o cliente viver a tal experiência de compra se o dono da empresa julgar que isso é de fato importante. Nenhum empresário consegue criar ou manter um ambiente diferente daquele em que verdadeiramente acredita", afirma Seibel.
Além de bonito e convidativo, o ambiente de uma loja deve ser funcional. Essa preocupação é maior ainda em segmentos com grande número de itens. "O layout tem que favorecer a compra. Ele depende de um estudo racional dos hábitos do consumidor que determina, por exemplo, uma posição lógica entre os departamentos", afirma Mauro Florio, diretor de marketing da Casa & Construção, rede que trabalha com um mix de mais de 45 mil itens. "Nós temos atendimento personalizado, mas precisamos pensar nas pessoas que preferem o autosserviço.
"Recentemente, a C&C lançou um layout inovador na loja da marginal Tietê, em São Paulo. O espaço é desenhado como se fosse a casa do cliente. Assim, os itens são separados por ambientes de uma residência: cozinha, banheiro, sala, área de serviço. "Estamos sempre procurando novas formas de atender nossos consumidores. A proposta é permitir que uma pessoa relativamente leiga em material de construção encontre facilmente o que precisa", afirma Florio.
A organização dos espaços merece atenção mesmo em segmentos onde a frequência de compra é maior. "Acreditamos que o layout deva acompanhar o comportamento e as necessidades cotidianas dos consumidores", destaca Flávia Lopes, supervisora de marketing da Casa Santa Luzia, empório especializado em artigos nacionais e importados. A Casa Santa Luzia tem uma única unidade, aberta em 1926, que dispõe de um mix de 17 mil itens. "Buscamos estratégias para que o cliente apressado também possa desfrutar das novidades e tenha, ao mesmo tempo, um momento de compra prático e agradável."
Uma das maiores referências do varejo brasileiro em ambiente de loja é O Boticário. A rede, que tem mais de 2,7 mil pontos-de-venda no País, ganhou no ano passado o prêmio International Council of Shopping Centers (ICSC) como melhor design de loja em shopping center da América Latina. Em 2007, a rede apresentou um novo conceito de loja, valorizando a experiência de compra dos clientes. A meta é transformar todas as unidades até o próximo ano, totalizando investimentos de R$ 150 milhões. O resultado, ainda na primeira etapa do processo, foi um aumento das vendas da ordem de 15%.
Fonte: Cléia Schmitz

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