quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cartão suga dinheiro que iria para varejo

Cartão é considerado sugador do dinheiro de consumidores, que poderia ser utilizado em novas compras

O presidente do Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roberto Alfeu Pena Gomes, afirmou ontem que o comércio vem fazendo um trabalho de corpo a corpo com parlamentares para acelerar o novo marco regulatório para o setor de cartões de crédito.
Isso porque, na avaliação dos lojistas, o dinheiro de plástico é um dos "grandes sugadores do dinheiro dos consumidores", que poderia ser utilizado em novas compras do varejo. "O comércio está junto com deputados e senadores buscando leis para regulamentar esse processo, pois queremos que o duopólio seja aberto e tenhamos mais concorrência. O cartão de crédito é importante, mas não pode acabar com o dinheiro do brasileiro", disse.
Gomes lembrou hoje, durante entrevista coletiva para revelar o índice de inadimplência do setor em agosto, que o segmento de cartão de crédito não possui regulamentação no País e que, por isso, foi um dos poucos setores a serem isentos do pagamento da CPMF antes de sua extinção.
"Não pagavam CPMF e cobram uma taxa dessas para o lojista e o consumidor. Além disso, só tem duas bandeiras no Brasil. Acho que está tudo errado aí dentro", criticou. "O comércio já virou refém da Redecard e da Visanet".
O presidente do SPC Brasil quis aproveitar a presença dos jornalistas presentes para "fazer um alerta" ao consumidor. "O cartão de crédito é uma coisa que se precisa pagar, se não vira uma bomba-relógio. Não é status ter na carteira um monte de cartão de crédito, mas essa é uma paixão nacional hoje", considerou. De acordo com ele, 67% das pessoas que compram por meio do cartão de crédito no País atualmente possuem renda de R$ 1.000,00 a R$ 1.700,00

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