sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Empresários do Noroeste vão a Brasília por manutenção da jornada


Empresários da região noroeste fluminense, liderados por Antônio Boechat, presidente da FIRJAN Noroeste, foram a Brasília na última terça (25), para acompanhar a discussão da PEC 231/95, que diminui a jornada de 44 para 40 horas semanais e eleva o valor da hora extra de 50% para 75% sobre a hora trabalhada. No total foram mobilizados 250 empresários do estado do Rio de Janeiro que acompanharam os debates no plenário da Câmara dos Deputados.
Boechat considera importante a união dos empresários nesse momento e também compartilha da opinião que a imposição legal da redução da jornada de trabalho vai acabar por aumentar o custo de produção de produtos e o aumento do custo de vida para o trabalhador.
A FIRJAN vê a proposta como uma elevação do custo do trabalho, que afetaria a competitividade das empresas, principalmente as pequenas, e a capacidade de empregar.
Em documento oficial, a FIRJAN ressalta que redução de jornada não é igual a aumento de emprego, já que a medida, por aumentar o custo de operação, incentiva a compra de máquinas e a redução do número de postos de trabalho. Além disso, lembra que a legislação brasileira já permite a redução de jornada via negociação coletiva, caso em que o incremento da produtividade e mudanças na gestão entram nas discussões.
O documento da FIRJAN levanta, ainda, experiências internacionais mal-sucedidas, como a da jornada de 35 horas semanais na França, e compara a jornada brasileira a outras pelo mundo. Na Alemanha, Dinamarca, Irlanda e Inglaterra, por exemplo, a jornada é de 48 horas.
Em entrevista à Rádio Indústria, em Brasília, Boechat considerou que o Brasil estará na contramão do mundo se aprovar uma medida como esta.
Sistema FIRJAN

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